A Polícia Civil concluiu o inquérito, nesta quarta-feira (11), e indiciou por homicídio qualificado, quatro tentativas de homicídio qualificado e ameaça o policial federal Ronaldo Massuia Silva, investigado por atirar em clientes de uma loja de conveniência de um posto de combustíveis, em Curitiba.
Ronaldo está preso desde o dia 1º de maio, quando atirou ao menos 17 vezes dentro do estabelecimento, no bairro Cristo Rei. O fotógrafo Andre Muniz Fritoli, de 32 anos, foi morto e outras quatro pessoas ficaram feridas.
Além do inquérito concluído pela Polícia Civil, no âmbito criminal, a Polícia Federal informou que abriu um processo disciplinar pela corporação para apurar o fato.
A defesa do policial federal informou que o indiciamento "é um entendimento da autoridade policial e o primeiro passo do processo criminal" e disse que solicitou diligências, além da reprodução simulada dos fatos, que "vai esclarecer pontos sobre o trágico fato que pode alterar o relatório final do inquérito policial".
Na conclusão do inquérito, o delegado Wallace de Oliveira Brito, do 6º Distrito Policial da capital, informou que ouviu quase 20 pessoas, entre testemunhas e funcionários do posto que estavam no local quando o crime aconteceu.
Também foram ouvidas pela polícia pessoas ligadas ao policial federal que, segundo o delegado, informaram que o agente federal apresentava características de agressividade e explosão.
Ainda conforme o delegado, a investigação apontou que o policial já havia utilizado arma da corporação para ameaçar pessoas em outras situações anteriores e também já havia se envolvido em discussões.
Os advogados do fotógrafo que morreu após ser baleado pelo policial informaram que o inquérito policial "contém todas as provas de materialidade e de autoria - que é confessada pelo indiciado - e traz um importante material que demonstra que a conduta do policial federal é cruel e injustificada, tendo vitimado inúmeras pessoas".
A família de André Muniz Fritoli, conforme a defesa, "aguarda o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público para que, com o devido processo, haja punição a altura e se alcance justiça".
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